O estilo dos times asiáticos no voleibol feminino é muito conhecido: jogadoras baixas e velozes, que têm um excelente sistema defensivo, mas pecam no ataque. O Japão, rival do Brasil na semifinal do Mundial feminino de vôlei, mostra no campeonato um estilo oriental “evoluído”, com jogadas fortes também de ataque.
Essa é a análise da seleção brasileira, que vai enfrentar as japonesas no sábado, às 7h (de Brasília). Na outra semifinal, a Rússia, atual campeã, vai encarar os Estados Unidos. As partidas serão realizadas em Tóquio.
“O Japão melhorou muito, principalmente nos ataques de fundo e no bloqueio. As ponteiras Ebata e Kimura são jogadoras que estão marcando 20 pontos por jogo. O time japonês melhorou a qualidade do saque, do bloqueio e do contra-ataque. Vai ser um jogo difícil”, disse José Roberto Guimarães.
No Mundial, o Japão fez uma campanha excelente. A equipe venceu sete dos nove jogos que disputou. As únicas derrotas foram para a arquirrival China e para a atual campeã do mundo Rússia.
Na temporada, as japonesas conseguiram uma surpreendente vitória sobre o Brasil na fase final do Grand Prix. O resultado foi fundamental para o país não ter conquistado o título, que ficou com os Estados Unidos.
“O Japão vai ser um jogo mais complicado para a gente porque a gente quase nunca pega times asiáticos para jogar. Quase sempre jogamos contra a mulherada alta. Eles defendem muito, a gente vai ter que ter muita paciência. Eles são muito habilidosos, então vai ser paciência e concentração”, disse a ponteira Natália, maior pontuadora do Brasil no Mundial ao lado da oposto Sheilla.
E a seleção japonesa tem um incentivo a mais contra o Brasil. Além de jogar em casa, ao lado de uma torcida fanática e barulhenta, o Japão comemora o fato de voltar a ficar entre os quatro primeiros colocados do Mundial depois de 28 anos.
E o Japão ainda quer mais. Entre 1960 e 1978 foi ao pódio seis vezes, com três títulos e três vice-campeonatos. Agora tem um time forte para tentar ao menos voltar a disputar uma final.
“Perdemos para eles no Grand Prix em um jogo que eu não joguei bem. Eles têm um grupo de ótimas jogadoras e estão bastante confiantes”, disse Sheilla. “A gente tem sempre dificuldade de jogar contra as japonesas. É um time muito veloz e elas são muito boas tecnicamente. Um minuto de descuido pode ser fatal”, completou Zé Roberto.
Fonte : uol.com.br
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