Renato Gaúcho repetia a cada entrevista coletiva: "Eu dou confiança para meus jogadores". O treinador saiu do Grêmio e a falta deste importante quesito psicológico já atrapalha. Na avaliação dos atletas, a pressão dos torcedores gerada pela falta de resultados inibe em campo e resulta na falta de jogadas ofensivas. O técnico Julinho Camargo já havia citado tal situação se referindo ao vestiário gremista como "machucado".
"Por nossa colocação, o torcedor acaba querendo somente a vitória. Os jogadores deixam de fazer jogadas mais ousadas, porque sabem que serão cobrados em caso de erro. A torcida não tem paciência. Isso é diferente quando se está entre os primeiros. Devemos entender isso e tentar fazer o simples", disse o lateral-esquerdo Lúcio.
Sem o aval dos aficionados, os jogadores do Grêmio não tem tentado jogadas de efeito. Reflexo disso é a posição na equipe na estatística de dribles do cerame nacional. O Grêmio é quem menos tenta passar em jogada individual pelos adversários. Segundo o Datafolha, são 8,9 dribles em média por jogo, sendo que 6,6 corretos e 2,3 errados.
"Temos que comparar com o que aconteceu no ano passado. Estávamos na zona do rebaixamento e saímos dessa. Quando as coisas não vão bem, se está lá atrás na tabela, tem que fazer o mais simples. O verdadeiro torcedor tem que nos apoiar. O Julinho acabou de chegar. O empate da última rodada foi comemorado pela circunstâncias do jogo, mas pela grandeza do Grêmio, é pouco", comentou o lateral-esquerdo.
O Grêmio não atua neste final de semana. A próxima partida será contra o América-MG, no Olímpico, pela 12ª rodada, às 19h30 (horário de Brasília), de quarta-feira. Até lá, Julinho Camargo terá tempo para reaver a confiança do elenco, abalada no contexto atual.
"Não adianta pensar em classificação ou ser campeão. Primeiro temos que arrumar a casa. Quando sairmos desta situação é que vamos pensar la na frente", finalizou Lúcio.
Fonte : uol.com.br
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