Um título mundial, seja qual for o esporte, é sempre motivo de orgulho. A seleção masculina brasileira de vôlei, no entanto, voltou ao país e precisou se explicar após a conquista do tricampeonato na Itália, em outubro. Acusada de entregar o jogo para a Bulgária, ainda na segunda fase, para pegar um caminho mais fácil na sequência, a equipe foi alvo de críticas, mesmo com o troféu e as medalhas na bagagem. Poupado, Murilo saiu inabalado como o melhor jogador do mundo e o maior atleta do Brasil em 2010.
Entre as mulheres, mesmo com os desfalques de Paula Pequeno e Mari, a seleção de José Roberto Guimarães chegou à final, mas um antigo algoz apareceu mais uma vez. Contra a Rússia na decisão, as meninas lutaram, mas ficaram novamente com o vice. A torcida, no entanto, viu o amadurecimento de Natália, grande revelação da equipe.
No vôlei de praia, Juliana e Larissa brilharam mais uma vez. A dupla roubou das americanas campeãs olímpicas Walsh e May o posto de parceria que mais venceu na história do Circuito Mundial, entre homens e mulheres: ganharam 36 medalhas de ouro. As brasileiras foram as melhores em sete das 12 etapas que disputaram e conquistaram o pentacampeonato do Circuito Mundial. No Brasil, levaram o tetra.
Quando o ano começou, Murilo já tinha sua importância. Durante a conquista do eneacampeonato da Liga Mundial, porém, o ponteiro cresceu e, em uma clara evolução, passou a ser a referência da sempre vencedora equipe de Bernardinho dentro de quadra. Comparado a Nalberte confundido com o irmão, Gustavo, o jogador do Sesi foi eleito o melhor jogador de todas as competições que disputou nesta temporada com a camisa do Brasil e recebeu o título de melhor atleta do país.
Durante o Mundial, passou inabalado pela crise que assolou a seleção, após a derrota para a Bulgária, quando a equipe foi acusada de entregar o jogo. Mesmo depois de sofrer uma lesão no último set da final contra Cuba, permaneceu em quadra e ajudou a equipe a conquistar o título.
O próximo ano promete grandes desafios para o ponteiro. O jogador deve ajudar a seleção brasileira na campanha nos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara, no México, além da Liga Mundial, da Copa América, no Brasil, e da Copa do Mundo, no Japão, torneio classificatório para as Olimpíadas de Londres-2012. Pelo Sesi, busca o título inédito da Superliga.
Sempre apontada mascote da seleção, amoleca Natália mostrou em 2010 que não se limita às brincadeiras. Primeiro, levou o Osasco à conquista da Superliga, em abril. Aos 21 anos, a ponteira cravou 29 pontos na decisão e acabou com uma supremacia de quatro anos do Rio de Janeiro na competição.
Mais tarde, no Mundial, a serviço da seleção, mostrou maturidade ao substituir com maestria duas das jogadoras mais importantes da equipe – Mari e Paula Pequeno, cortadas antes da competição por lesões. Embora o Brasil tenha caído mais uma vez diante da Rússia na final, saiu fortalecida após ótimas exibições.
Cercadas de favoritismo, as italianas mostraram pouco mais que beleza no Mundial do Japão. Lideradas pela musa Francesca Piccinini, as europeias foram mal em quadra e caíram antes das semifinais da competição diante de Cuba, em um duelo de 2h11m. A capitã lamentou.
- Não é certo, simplesmente não é certo. É uma pena a Itália estar fora das semifinais. Acreditávamos que íamos conseguir. Sair da quadra com a derrota e sem a classificação é muito triste. Não sei mais o que dizer, desculpa – disse Piccinini.
Fonte : globo.com
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