A Associação do Futebol da Argentina (AFA) não renovará o contrato de Diego Maradona como técnico da seleção nacional, informou o porta-voz da entidade, Ernesto Cherquis Bialo, nesta terça-feira. Sergio Batista assumirá como treinador interino para os amistosos contra Irlanda e Espanha. Já Carlos Bilardo seguirá como diretor de futebol. O favorito para o cargo é Carlos Bianchi, ex-técnico do Boca Juniors.
- Com todos os seus integrantes e por unanimidade, o Comitê Executivo da AFA decidiu não renovar o contrato de Maradona - afirmou Bialo em uma breve entrevista coletiva que concedeu na sede da entidade.
Ao explicar a decisão, Bialo comentou apenas que "entre os requerimentos" de Maradona e as possibilidades da AFA de atendê-los havia "uma enorme diferença". Como uma das condições para permancer no cargo, Maradona havia exigido a manutenção dos seus amigos na comissão técnica da seleção. O técnico também pediu que o ex-jogador Oscar Ruggeri, desafeto de Julio Grodona, presidente da AFA, também trabalhasse na seleção.
Segundo Bialo, a escolha do novo técnico não é um tema que será tratado nesta terça-feira.
- Não existem nomes (para o futuro técnico) na imaginação de nenhum dos dirigentes que participaram hoje na reunião - destacou o porta-voz antes de assegurar que Maradona pode retornar:
- Terá todas as portas desta casa sempre abertas- afirmou.
Trajetória de Maradona como técnico marcada por altos e baixos
Maradona, campeão mundial em 1986 como jogador da Argentina, assumiu a seleção como técnico no final de 2008 após a demissão de Alfio Basile por motivos nunca esclarecidos publicamente e em plenas Eliminatórias para a Copa da África do Sul.
A passagem de Maradona foi marcada por altos e baixos. A Argentina esteve muito próxima de ficar fora do Mundial e precisou de duas vitórias pela vantagem mínima - 2 a 1 no Peru e 1 a 0 no Uruguai - para se classificar na última rodada.
Durante a competição na África do Sul, no entanto, os argentinos começaram jogando muito bem (confira no vídeo ao lado), o que rendeu o rótulo de favoritos, mas a Alemanha freou o ímpeto de Messi e companhia com uma goleada por 4 a 0 nas quartas de final.
O técnico também se envolveu em polêmicas. A primeira foi a renúncia do meia Juan Román Riquelme à seleção, argumentando que não tinha "os mesmos códigos nem a mesma forma de pensar que Maradona", que dias antes havia feito uma crítica futebolística ao jogador do Boca Juniors.
No final de 2009, foi punido com dois meses de suspensão pela Fifa, depois de atacar a imprensa com gestos obscenos ao conseguir a classificação para a Copa.
Também teve atritos com Carlos Bilardo, e em maio deste ano, antes do Mundial, negou ter conspirado em 2008 para ficar com o cargo de Basile, como chegou a afirmar o filho do antecessor de Maradona.
fonte: Globoesporte
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