Robinho e André: despedida da Vila sem brilho e com substituições

Robinho e André bem que tentaram, mas não tiveram a despedida desejada na Vila Belmiro. O Santos até venceu o Vitória por 2 a 0 e obteve boa vantagem na final da Copa do Brasil. Mas, com participação apagada, ambos fizeram pouca coisa no ataque e acabaram substituídos por Dorival Júnior na segunda etapa. Depois do segundo jogo da decisão, André irá se apresentar ao Dínamo de Kiev-UCR, enquanto Robinho terá de retornar ao Manchester City, clube que o emprestou ao Peixe. Ele ainda pode voltar caso os clubes entrem em acordo.

O camisa 7 entrou em campo dando pinta de que era dia dele. Com a tarja de capitão - Edu Dracena estava suspenso -, o atacante foi recebido sob o coro de "Fica, Robinho". É sua segunda despedida do Santos. Na primeira, em 2005, ele fez dois gols na vitória do Peixe por 4 a 3 sobre o Figueirense e saiu de campo ovacionado. Depois, foi jogar no Real Madrid. Os gritos da torcida deixaram o atacante balançado.
- Isso sensibiliza muito. É a minha casa. Espero poder ficar, mas depende do Manchester City. Espero que não seja o último jogo. Depende deles. Tenho de me apresentar lá - afirmou Robinho.
Desta vez, a realidade foi bem diferente. Robinho se esforçou, correu, buscou o jogo e ajudou na marcação. Só pecou nas finalizações. Foram três que levaram maior perigo ao goleiro Lee. Na primeira, recebeu passe de Neymar e chutou longe do gol. Depois, acertou o gol, mas parou no camisa 1 do Vitória. Na última, já na segunda etapa, arrematou à direita da trave.
Enquanto isso, André ficava isolado na área, como autêntico camisa 9 que é. Na entrada em campo, teve o nome cantado como todos os outros, mas sem qualquer menção especial à sua saída da Vila Belmiro.
Muito bem marcado, o centroavante praticamente não pegou na bola. Em toda jogada havia um zagueiro do time baiano na cola. Sem refresco, ele só teve uma oportunidade mais clara: recebeu passe de Neymar e, de pé esquerdo, arrematou sem direção.
A dupla voltou do intervalo no mesmo tom. Robinho e André lutaram muito e foram importantes na defesa. O camisa 7, porém, começou a irritar a torcida ao demorar demais para tocar a bola nos contra-ataques. Já o camisa 9, sem brilho, seguia recebendo poucas bolas em condições de finalizar.
Aos 20 minutos, a despedida final do atacante de 19 anos. Muito aplaudido, André deixou o gramado e retribuiu o carinho da torcida ao bater a mão no peito e beijar o escudo do Santos. Cumprimentou Marcel, seu substituto, e o técnico Dorival Júnior. Minutos depois, foi a vez de Robinho dar lugar a Zé Eduardo. Na sua saída, menos aplausos e nenhuma manifestação mais efusiva por parte do jogador.

fonte: Globoesporte