Após algumas patadas na imprensa na última entrevista coletiva, Diego Maradona voltou a exibir sorrisos nesta sexta-feira em seu primeiro contato com os jornalistas na Cidade do Cabo. O técnico confirmou Lionel Messi, que não treinou quinta por suspeita de febre, como titular contra a Alemanha, sábado, e reagiu com ironias à perguntas sobre o futuro ou o que faria em situações que não viveu na Copa do Mundo.
Pela primeira vez desde que chegou à África do Sul, Maradona deu a coletiva de véspera de jogo fora de Pretória, cidade escolhida pela Argentina como concentração. Como a última partida no Loftus Versfeld aconteceu na terça, o estádio deixou de ser utilizado pela Fifa. Assim que entrou na sala de imprensa do Green Point, o treinador cumprimentou os jornalistas e ficou em pé para as fotos. Logo em seguida, elogiou Carlitos Tevez e negou-se a confirmar o time titular. Mas deixou claro que Messi estará em campo.
- Ele levantou um pouco mal ontem, não se sentia bem, e mandei entrar porque estava frio. Mas em nenhum momento pensei em não escalá-lo. Eu o deixei fora do treino para que se recuperasse bem – explicou Maradona, para alívio dos argentinos preocupados com a possível ausência do camisa 10.
Questionado sobre a posição de Messi – mais avançado como na primeira fase, ou mais recuado como contra o México -, Maradona não fez mistérios: o craque do Barcelona joga onde quer na seleção argentina.
- Eu lhe dei liberdade para ter a bola. Não tenho posição para Leo. Eu o deixo livre.
Após dizer que não daria a escalação do jogo no Green Point, Maradona acabou se entregando e afirmou que agora não é hora para mudanças. Durante a semana, a imprensa argentina especulou as saídas de Maxi Rodriguez e Di Maria para as entradas de Verón e Pastore depois de o técnico ter testado a formação em um treino.
- Chegamos até aqui com esse time. Mostramos um time ofensivo e com equilíbrio. Não estou para mudar ou improvisar neste momento. Não vou mudar absolutamente nada.
Mais uma vez, o Pibe se recusou a falar sobre sua seleção na final. Para Maradona, o que importa é o jogo deste sábado com a Alemanha. “Não leio o futuro”, disse o técnico, como sempre faz ao ser questionado sobre o assunto. Mas uma pergunta diferente fez o ex-jogador arregalar os olhos e fazer cara de espanto: “O que faria se Messi repetisse o gesto de Cristiano Ronaldo após a eliminação, que criticou Carlos Queiroz? Deixaria de convocá-lo?”.
- Chamaria o Copperfield! - disse, em referência ao famoso mágico David Copperfield. - Eu não o tiraria, pois estaria prejudicando o meu time.
Durante a coletiva, Maradona reclamou - com sorriso no rosto - da mão do assessor de imprensa da Fifa no seu ombro, pediu para uma jornalista italiana falar em espanhol para não prejudicar os outros repórteres, reclamou da "maior pergunta" que já recebeu na Copa e ao se despedir disse que ia embora comer. Saiu com a bola Jabulani nas mãos. Nova casa, novo humor. Os ares da Cidade do Cabo fizeram bem a Diego Maradona.
fonte: globoesporte
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Publicado sexta-feira, 2 de julho de 2010
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