Fábio Luciano se aposenta como agente. Motivos: família e o coração

Publicado  terça-feira, 16 de agosto de 2011

O ex-zagueiro Fábio Luciano anunciou, nesta terça-feira, sua aposentadoria da carreira de empresário. O principal motivo foi, segundo ele, o mesmo que o tirou do futebol: o afastamento da família. Além disso, Fábio mostrou uma grande preocupação de fazer negócios que não ferissem a grande identificação criada em seus tempos de jogador com Ponte Preta, Corinthians e Flamengo.
- Parei de mexer com isso, cara. A profissão de empresário exige uma dedicação enorme, pois você cuida da vida de outros jogadores. Fiz uma ótima experiência com o Cláudio (Guadagno, também ex-jogador). Ele foi meu agente durante toda minha vida e fiquei trabalhando com ele por quatro meses. Mas vi que não dava para mim. Sou um cara muito intenso e acabaria tendo reduzido o tempo reservado para minha família - justificou, por telefone.
Maiores conquistas como empresário
Apesar do fim precoce de sua nova atividade, Fábio acredita que o saldo foi positivo, destacando as idas do volante Airton para o Flamengo e a do zagueiro Emílson Cribari para o Cruzeiro, ambas intermediadas por ele.
- Fui feliz, minhas grandes vitórias foram colocar o Airton no Flamengo e o Cribari no Cruzeiro. Mas nunca tive documento assinado, minhas negociações sempre foram feitas na amizade. O Rodrigo Arroz (outro jogador que agenciou) é meu "irmão". Se eu pudesse, o colocaria no Real Madrid. Como não pude colocar nenhum desses caras no Real Madrid, parei (risos) - brincou.
A possibilidade de se desgastar com Ponte Preta, Corinthians e Flamengo também pesou na decisão. Fábio explica o que poderia estragar a ótima relação estabelecida com clubes nos quais se tornou ídolo. Além disso, ele lembra que já foi sondado pelo trio.
- Quando parei de jogar, recebi convites de Flamengo, Corinthians e Ponte (para assumir o cargo de gerente executivo). Minha resposta foi automática e disse que não faria essa função. Criei uma identidade muito grande com esses três. Fazer negócio com outros clubes é difícil para mim e poderia até mesmo fechar portas no futuro. Quando você desenha uma história bonita, esta não pode ser quebrada. Poderia acontecer alguma relação profissional com clubes rivais e isso não seria legal - resumiu.
Embora não descarte um retorno ao futebol, o ex-jogador garante que não pensa nisso por ora. Para ele, o mais importante é curtir a proximidade da esposa, Viviane, e dos filhos, Gianluca e Isabela.
- Quando entrei na carreira de empresário, achava que haveria uma flexibilidade de tempo, mas percebi que isso não seria possível. Parei de jogar futebol, pois em alguns momentos já estava levando meus problemas de campo para dentro de casa. Foi válido, uma experiência ótima. Se você não experimentar, não terá a certeza se é bom ou ruim. Agora, vou viajar com eles e deixar meu futuro para depois. Tenho meus negócios que me mantêm - garantiu.

Fonte :globo.com




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