Bellucci encara finlandês e pode pegar Federer em casa na segunda rodada

Publicado  sábado, 29 de outubro de 2011


Na 37ª colocação do ranking mundial, o brasileiro Thomaz Bellucci tem uma chave complicada no ATP 500 da Basileia, na Suíça, que contará com os principais tenistas do circuito na próxima semana. Ele vai estrear contra o finlandês Jarkko Nieminen, 62º da lista masculina. Na segunda rodada, ele pode pegar pela primeira vez na carreira o suíço Roger Federer, número 4 do mundo, que estreia em seu torneio de casa, do qual é o atual campeão, contra o italiano Potito Starace (53).
Após o ATP 500 da Basileia, Bellucci disputará o Masters 1.000 de Paris, também em piso rápido. O brasileiro vai encerrar a temporada 2011 no primeiro ATP Challenger Finals, que será disputado no fim de novembro no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Ele já enfrentou duas vezes o canhoto Nieminen, de 30 anos: perdeu há três anos em Estocolmo e ganhou em 2009 em Barcelona. Se vencer os dois primeiros jogos, o paulista pode ter pela frente o americano Andy Roddick.
Novo número 3 do mundo, Andy Murray está no mesmo lado da tabela de Federer e pode enfrentar o suíço nas semifinais. Cabeça de chave número 2, o escocês pega o holandês Robin Haase, 40º do ranking. O sérvio Janko Tipsarevic (13) pode ser seu adversário nas quartas de final na Basileia.
Na outra chave, o sérvio Novak Djokovic, que volta à ativa após ficar ausente dos torneios na Ásia, enfrenta Xavier Malisse na estreia. Se avançar, pode cruzar com Viktor Troicki ou Mikhail Youhzny.
Fonte : sportv.com

Rival de Minotauro avisa antes de revanche: 'Ou vence ou se cala'

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Depois de voltar a vencer no UFC, diante de Brendan Schaub, no UFC Rio, Rodrigo Minotauro vai encarar uma revanche diante de Frank Mir no UFC 140, em dezembro. Em 2008, o brasileiro foi nocauteado justamente pelo americano, em uma luta que valia o cinturão interino dos pesos-pesados. Após a derrota, Minotauro revelou que entrou no octógono com uma infecção, que teria atrapalhado seu desempenho.
Seguro de que pode derrotar o brasileiro, Mir, sem papas na língua, não hesitou em dar uma alfinetada em Minotauro, afirmando que seu adversário precisa ganhar o combate ou então se calar após perder.
- Nogueira tinha algumas questões antes da luta de 2008 e se sentiu prejudicado. Agora, ele tem a oportunidade de vencer ou se calar. Todos os lutadores têm problemas em alguns combates. Por isso existem as revanches - disse Mir, durante uma sessão de perguntas e repostas do UFC 137.
Esbanjando segurança, Frank Mir deixou claro que não gosta de vencer adversários que, após a luta, afirmam que estavam machucados.
- Se eu descobrir que meu rival está machucado, não vou querer lutar. Prefiro lutar com um substituto. Não quero enfrentar um cara ferido. Experimentei isso com o Nogueira, que falou que tinha problemas depois da luta, que tinha infecção ou algo assim, e não gostei - alfinetou Mir.
O UFC 140 também contará com Rogério Minotouro, que enfrenta Tito Ortiz. A principal luta da noite será a do brasileiro Lyoto Machida, que disputa o cinturão dos meio-pesados com Jon Jones, o atual campeão.
Fonte : sportv.com

Messi desencanta, e Daniel Alves marca golaço na vitória do Barça

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Com três de Lionel Messi, que não balançava a rede dos adversários há três partidas, e um golaço de Daniel Alves, o Barcelona venceu o Mallorca por 5 a 0, no Camp Nou, em partida válida pela 11ª rodada do Campeonato Espanhol. Com três assistências de brasileiros, uma do próprio Dani, uma de Thiago Alcântara e outra de Adriano, que ainda participou ativamente do lance que originou o pênalti convertido pelo time catalão, "La Pulga" se tornou o segundo maior goleador do clube em competições nacionais, com 132. Cuenca fez o outro.
Com o resultado, o Barcelona chegou aos 24 pontos na tabela de classificação e subiu para a segunda colocação no Campeonato Espanhol. Com um jogo a menos, o Levante caiu para terceiro. O Real Madrid, que venceu o Real Sociedad por 1 a 0, em San Sebástian, assumiu a liderança provisória, com 25.
Mesmo com um time misto (com Iniesta, Xavi e Fàbregas no banco), o Barcelona demorou 13 minutos para superar o sistema defensivo do Mallorca. Adriano recebeu lançamento pelo lado esquerdo e tentou cruzar para dentro da área. A bola desviou na mão do atacante N´Sue e saiu pela linha de fundo. O árbitro Pérez Montero assinalou a penalidade. Na cobrança, Messi bateu no alto para abrir o marcador e acabar com o jejum de gols.

Na nona rodada do Campeonato Espanhol, no empate sem gols com o Sevilla, Messi havia desperdiçado uma penalidade, perdendo a oportunidade de dar o triunfo ao Barcelona. Neste sábado, diante do Mallorca, ele não perdoou. Aos 21, Adriano recebeu ótimo passe de Cuenca e cruzou para o argentino. Na marca do pênalti, “La Pulga” apenas escorou para ampliar o marcador.
O Barcelona ainda marcou mais um na etapa inicial. Desta vez, a assistência saiu dos pés de Daniel Alves. O brasileiro cruzou na medida para Messi marcar o terceiro na partida e superar o húngaro László Kubala como o segundo maior artilheiros do Barcelona em Campeonatos Espanhois, com 132 gols. Apenas o atacante César, com 135 tentos, supera o goleador argentino.
Na volta para o segundo tempo, o Barcelona fez o quarto gol logo aos quatro minutos. Thiago Alcântara lançou em profundidade para Cuenca, que invadiu a área, passou pelo goleiro e tocou para marcar mais um. Esse foi o primeiro gol do atacante nos profissionais do time catalão.
No restante da etapa final, o técnico Guardiola seguiu com os medalhões no banco e deu oportunidade para outra revelação das categorias de base: Deulofeu. O goleiro Victor Valdes ainda seguiu sem levar gols. São 787 minutos invicto.
O Barcelona tirou o pé do acelerador na etapa final. Porém, nos acréscimos, Daniel Alves soltou uma bomba de direita da intermediária e marcou um golaço.
 Fonte : globoesporte.com

Maicon marca, mas Inter perde clássico e vê Juve se manter no topo

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A temporada para o Inter não anda nada boa. Jogando em casa, os nerazzurri não foram páreos para o Juventus e perderam o clássico da 10ª rodada do Campeonato Italiano por 2 a 1. Com o resultado, os anfitriões seguem na 16ª colocação, com oito pontos, dois apenas à frente da zona de rebaixamento.
Já a Velha Senhora, que alcançou o triunfo graças aos gols de Vucinic e Marchisio (o brasileiro Maicon descontou para o Inter), vive momento completamente oposto. O time lidera o Calcio com 19 pontos, dois a mais que o Milan.
Sem o goleiro Julio César e Forlán, que se recuperam de lesão, o Inter iniciou a partida tentando pressionar o Juventus em seu campo de defesa. Mas sem conseguir concretizar essa “blitz” em gol, os anfitriões acabaram vendo a Velha Senhora, na sua primeira investida no ataque, abrir o placar.
Lichtsteiner iniciou a jogada e tocou para Matri que cruzou na medida para o atacante montenegrino Vucinic chutar sem chances para Castelazzi aos 12. Instantes depois, Matri recebeu pela esquerda e chutou rente à trave quase ampliando para o Juventus.
Inter pressiona, e Maicon empata
Aos poucos, o Inter se refez do gol e do susto e voltou a incomodar o adversário. Aos 26, o argentino Zarate driblou um marcador e chutou no contra-pé de Buffon que tirou a bola com “os olhos”.
A insistência deu resultado aos 27. O craque holandês Sneijder deu passe preciso para Maicon que, ao entrar no bico da grande área pelo lado direito, acertou uma bomba indefensável para Buffon. 1 a 1. Na sequência, aos 31, Pazzini quase fez o da virada ao cabecear no travessão.
A chance desperdiçada pelo ex-atacante do Sampdoria acabou fazendo falta ao Inter. Aos 33, Marchisio tabelou com Matri e, de fora da área, bateu colocado rasteiro no canto e voltou a deixar o Juventus em vantagem.
Juve pede pênalti em Marchisio
Aos 39, Pirlo fez lançamento primoroso para Marchisio que, após dar um leve toque, acabou derrubado pelo goleiro Castelazzi. O árbitro, entretanto, ignorou os efusivos pedidos de pênalti dos jogadores da Velha Senhora.
No segundo tempo, o Inter voltou com o jovem atacante holandês Castaignos na vaga do inoperante Zarate. A substituição, entretanto, não surtiu o efeito desejado e ainda irritou a torcida nerazzurra que queria a entrada do argentino Diego Milito.
Aproveitando o nervosismo do Inter, que ainda não se encontrou na temporada, o Juventus cozinhou a partida e assegurou os três pontos.
Fonte : globoesporte.com

Adriano participa de 40min de jogo-treino contra time da 4ª divisão e passa em branco

Publicado  terça-feira, 25 de outubro de 2011

Vetado das duas rodadas passadas do Brasileirão para aprimorar a sua condição física, Adriano participou do segundo tempo de um jogo-treino contra o Esporte Clube São Bernardo, equipe da quarta divisão do Campeonato Paulista (não é o mesmo São Bernardo que disputou a elite do Estadual em 2011).

O Imperador esteve em campo durante 40 minutos, mostrou mais movimentação do que em treinos coletivos anteriores, porém ainda está lento. Arriscou cinco finalizações, mas só acertou o alvo uma vez e parou no goleiro.
O duelo entre os reservas do Corinthians o time do ABC terminou 0 a 0, no CT Joaquim Grava. Os titulares foram submetidos a um trabalho de recuperação física, dois dias após o empate por 1 a 1 com o Internacional, no Beira-Rio.
Para a partida contra o Avaí, domingo, às 16h, no Pacaembu, Adriano é dúvida. O técnico Tite pediu tempo para avaliar a condição física do atacante.
"Sexta-feira terei condição melhor, para dizer a verdade, para não ficar aqui dando curva. Sexta respondo de forma mais consistente", frisou Tite.
 
Emerson Sheik, desfalque desde 25 de setembro, se recupera de uma tendinite na coxa e não participou da atividade. O atacante ficou na fisioterapia e também segue como dúvida para o confronto válido pela 32ª rodada do Nacional.

Fonte : uol.com.br

Mariano é assaltado e tem carro levado por bandidos no Rio

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O lateral-direito Mariano foi assaltado, na madrugada de segunda-feira, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo o jornal “Marca Brasil”, o jogador do Fluminense teve o carro, um Audi A4, dinheiro, documentos e celular roubados. Mariano estaria voltando do aeroporto, onde deixou a namorada que viajou para São Paulo.
Mariano passa bem e disse que tudo não passou de um grande susto. O jogador registrou a ocorrência na delegacia.

Fonte : globoesporte.com

Corpo de Marco Simoncelli chega à Itália, onde será velado nesta quarta

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O corpo de Marco Simoncelli, morto em um trágico acidente na etapa da Malásia da MotoGP, chegou nas primeiras horas desta terça-feira ao aeroporto de Roma, em um voo da Malaysia Airlines. O voo contou com a presença do pai Paolo, de sua noiva Kate Fretti e do amigo Valentino Rossi, um dos pilotos envolvidos na batida do último domingo. Um velório público está marcado para esta quarta-feira, na pequena Coriano, cidade natal do piloto. O enterro está programado para a quinta, em um cemitério no mesmo local.







Fonte : sportv.com

Brasil conta com retorno de Cielo e vingança do vôlei feminino

Publicado  quinta-feira, 20 de outubro de 2011


Principal estrela dos Jogos  Pan-americanos de Guadalajara, o nadador Cesar Cielo volta às piscinas nesta quinta-feira. O brasileiro, que já faturou os 100m livre e integrou a equipebrasileira campeã do revezamento 4x100m livre, compete desta vez nos 50m livre, prova em que tem como principal rival o compatriota Bruno Fratus.
A disputa desta quinta-feira, com início marcado para as 13h (de Brasília) será a penúltima de Cielo em terras mexicanas. Ele espera reafirmar seu domínio na distância para depois se concentrar no revezamento 4x100m medley, disputado na sexta-feira. No Rio de Janeiro-2007, a equipe nacional ficou com a prata e tenta recuperar em Guadalajara a hegemonia continental na prova, última da natação no Pan.
Outro destaque do dia no México é a decisão do torneio de vôlei feminino entre Brasil e Cuba, às 23h. As duas equipes se enfrentaram na final do Rio de Janeiro-2007 e as caribenhas frustraram a festa das donas da casa, ficando com o título.
A geração comandada por José Roberto Guimarães, campeã olímpica em Pequim-2008, nunca venceu a competição continental e ainda têm a chance de se vingar das tradicionais adversárias em Guadalajara. Os times já se enfrentaram no Pan, no encerramento da primeira fase, com vitória do Brasil por 3 sets a 1. A última vez que a Seleção ficou com o título no torneio foi em Winnipeg-1999.

Também no vôlei, mas de praia, o Brasil pode conquistar uma vaga na final e garantir mais uma medalha. Favoritas absolutas ao título, Juliana e Larissa têm pela frente as porto-riquenhas Santiago e Yanti para avançar à decisão. A parceria ficou com o título no Rio em 2007 e tenta o bicampeonato.
Entre os homens, o torneio está uma rodada atrasado e Alison e Emanuel entram em quadra almejando uma vaga entre os semifinalistas. A parceria, que já foi surpreendida na arena montada em Puerto Vallarta, enfrenta os uruguaios Williman e Zanotta para consolidar sua recuperação no Pan.

Fonte : gazeta.com

Caio Júnior se rende a Neymar: ‘É um jogador de nível mundial’

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O técnico Caio Júnior teve a chance, nesta quarta-feira, de ver Neymar de perto. E não pôde deixar de exaltar as qualidades do atacante, num jogo em que o jogador do Santos fez um belíssimo gol no duelo contra o Botafogo. Para o treinador, a qualidade de Neymar é capaz de decidir vários jogos não só de nível nacional, mas também em confrontos ainda mais duros.
- O Neymar é diferenciado, sem dúvida. É um jogador de nível mundial. Todos os grandes clubes europeus quando estavam no auge tinham em seu elenco um brasileiro desequilibrando. E Neymar será um desses jogadores, sem sombra de dúvida - disse Caio Júnior.
Para o treinador do Botafogo, Neymar só precisa se preocupar com um detalhe: parar de exagerar em certos lances. Segundo o treinador, isso vai protegê-lo até de eventuais irritações dos seus adversários:
- Às vezes, ele exagera nas jogadas de efeito e em outros tipos de lance. Mas é normal, porque é menino. Gostei muito dele, só acho que tem de mudar nessas coisinhas até para evitar que o rival ache que ele está o desrespeitando e tente alguma agressão. Mas tenho certeza de que vai aprender isso com o tempo.
Loco + Neymar? Pelé
Ainda sobre Neymar, Caio brincou com a possibilidade de se fazer “misturas loucas no futebol”. Segundo o treinador, se fosse possível juntar a qualidade técnica de Neymar com o oportunismo e a inteligência de Loco Abreu seria produzido um novo fenômeno futebolístico.
- O que dá se somar Loco e Neymar? Aí a gente teria um outro Pelé - brincou.
Caio comanda um treino regenerativo nesta quinta de manhã, em Santos. Depois, a delgação do Alvinegro carioca embarca para Florianópolis, onde enfrenta o Avaí, no sábado. Os times se encaram pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Ressacada, a partir das 18h (horário de Brasília).

Fonte : globo.com

Um ano depois de retorno, Tite diz: "Não tenho medo de perder a taça"

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Exatamente um ano atrás, a oito rodadas do término do Campeonato Brasileiro, a diretoria do Corinthians apresentava Tite como seu então novo comandante técnico para suprir a lacuna deixada pela demissão de Adilson Batista. O treinador abdicara assim de disputar o Mundial de Clubes, à frente do Al-Wahda (Emirados Arábes), mas teria oportunidade real de ser campeão pela primeira vez em São Paulo, ao contrário das passagens anteriores pela capital paulista, quando o chamado tinha como objetivo salvar Palmeiras e o próprio Corinthians do rebaixamento à Série B. Ele somou cinco vitórias e três empates, mas não foi o suficiente para levar a equipe além do terceiro lugar. Perto do título mais uma vez, com o time na liderança a oito rodadas do fim, Tite diz não ter medo de fracassar.
"É diferente agora, com a possibilidade de alçar um voo maior, com o título. Isso tem brilhado os olhos", justifica o treinador. Em entrevista à GE.Net, ele "vê um monte de histórias" desde 20 de outubro do ano passado, dia em que voltou ao clube após a primeira passagem, entre 2004 e 2005. Revela que já teve a certeza de que seria demitido neste ano, conta o porquê de estarconfiante nesta reta final de competição e diz estar engasgado até hoje com a provocação de um jogador rival. Além desses e de outros assuntos, Tite fala especialmente da vida como cidadão paulistano por conta da terceira chance da carreira na cidade. "Eu me adaptei bem", explica.
GE.Net - Faz um ano que você retornou ao Corinthians. Passou rápido?
Tite - 
Na semana passada nós conversamos, você me falou a respeito disso e eu não tinha dimensionado ainda, só sabia que era no final do ano. Comecei a voltar no tempo. Passou rápido mesmo. Tantas coisas passaram, a gente fica sempre envolvido. Foi rápido e, ao mesmo tempo, tiveram tantas passagens...
De que momento você mais se lembra?Eu me lembro da chegada, do momento do convite. Depois, a sequência de jogos que fizemos, com nível de aproveitamento de mais de 60%, com cinco vitórias e três empates nos oito jogos finais, mas não o suficiente para conquistar o título. A remontagem da equipe... Iniciamos o outro ano (2011) procurando a Libertadores, com 19 dias de treinos, sem estar com a equipe ajustada taticamente e sem estar com preparo adequado para a competição. Ficar fora da Libertadores foi o marco duro durante essa campanha toda. Na sequência, a recuperação no Campeonato Paulista. Talvez a equipe menos estruturada no início fosse o Corinthians, que se reestruturou rapidamente, chegou à final e fez dois jogos muito parecidos contra o Santos. Poderia ter vencido, de maneira muito natural. Seguindo e abrindo no Brasileiro, tendo grande campanha no início. Já foram mais de 20 rodadas na liderança (além das 19 de fato, aquelas em que dividiu a ponta com o líder). Quer dizer, a gente olha para trás e vê um monte de histórias. 
Com as passagens por Corinthians e Palmeiras, você se sente um gaúcho um pouco paulistano?Sinto antes já. A passagem pelo São Caetano (clube da grande São Paulo) foi importante. A primeira vez no Corinthians foi para um processo de recuperação, diferentemente do que está me sendo proporcionado agora. No Palmeiras também foi recuperação. As duas equipes estavam tentando se afastar da zona de rebaixamento. No Corinthians, chegamos em quinto lugar e montamos a base da equipe campeã brasileira. Com o Palmeiras, o percentual de aproveitamento foi o que deu a sustentação para que o time não caísse para a segunda divisão. Se não tivesse tido aquele aproveitamento comigo, teria caído. É diferente agora, com a possibilidade de alçar voo maior, com título. Isso tem brilhado os olhos.
Você gosta da cidade de São Paulo?Eu me adaptei bem à cidade e sinto que minha família se adaptou também. Isso facilita. Retornei para o mesmo local onde morei em 2004, onde meus filhos estudaram, onde minha esposa já tem um círculo de amizades e fica mais à vontade. Isso dá tranquilidade. O lado familiar e o lado profissional. Se a coisa não concilia, você não se sente bem, acaba levando para a tua atividade. Não adianta eu querer dizer 'ah, uma coisa é o meu trabalho, outra é minha família'. Não, elas se ligam. Quando tenho essa tranquilidade com a família, consigo estar mais à vontade.
Consegue sair de casa?Eu saio, mas não tenho muito o hábito. Acho que por essa rotina do futebol, a gente acaba sendo um pouquinho mais caseiro. Gosto de cinema, de restaurante, leitura, alguns passeios, teatro quando possível, mas nada de extravagante. Cuido também, em momentos de resultados ruins, em não me expor de forma publica. Eu me conheço também, sou um cara que respondo à altura da coisa que vem. Então evito um pouquinho quando a coisa não está legal.
Algum tipo de comida específico?A gastronomia de São Paulo é extraordinária. Tem desde o bom churrasco à comida italiana, pizza. Nisso, ela é bastante diversificada. Tem uma cantina italiana que frequento bastante, no Tatuapé, para comer um gnocchi com queijo e polpettone à parmegiana.
Você usa bastante a expressão "tem que comer massa" mesmo...(Risos) É hábito do sul. Dizem que tem que comer a massa para ganhar depois o benefício. Tem que trabalhar, penar no lado ruim para conquistar o lado bom.
Você diz também que é uma pessoa normal, que come frango com farofa e maionese.É, eu gosto. Sei que o cargo de técnico do Corinthians empresta uma visibilidade muito grande. Sei também que, às vezes, posso influenciar um garoto. A forma de lutar por aquilo que é teu acaba sendo exemplo para uma série de jovens ou mesmo adultos. Vou te confidenciar o que, na terça-feira, me deixou muito feliz... À tarde fui ao shopping para comprar um presente para a filha do Dellamore (Geraldo Delamore, assistente técnico) e para o filho do Liedson (atacante). Estava saindo da loja, um rapaz me olhou e me chamou. Eu o cumprimentei, disse boa tarde, e ele me disse 'cara, eu sou são-paulino e não falo isto para os corintianos, mas o Corinthians merece ser campeão, você merece ser campeão'. Tem todo esse lado humano, natural. Gosto realmente de frango. Gosto, mas gosto bastante, não é pouco não. Falo até o nome da maionese: Hellmann's. Eu coloco para misturar com a farofa. Me dá aquilo ali que está feito o almoço (risos).
Você está confiante nesta reta final de campeonato?É um passo a cada dia na preparação, e a ansiedade vai tomando conta. Esse momento vai afetar muito o lado emocional, mas a gente vai colher muito do que plantou até agora. Quero minha equipe muito concentrada, intensa no trabalho. Ela tem que estar clínica e fisicamente à disposição. O atleta que entra já sabe a posição e a função que ele vai ter. Tem muita coisa plantada. Com esses detalhes, agora é ter melhor momento técnico de cada um. Tem que estar espiritualmente forte, perto de quem te fortalece, porque a ansiedade é muito grande. No jogo contra o Cruzeiro, o clima era uma coisa estúpida, extraordinária. A gente sentia. O Cruzeiro, para fugir do rebaixamento, e nós, na busca pelo título. Vai ser assim cada vez mais, vai ser de novo no domingo, contra o Internacional, no Beira-Rio. Temos que ser intensos no trabalho e estar concentrados. Sem isso, pode perder jogo decisivo.
Por algum deslize desse tipo, você tem medo de perder o título?Medo, não. Mas tem que ter cuidado para que essa melhor preparação exista, sim. Medo existe, mas a coragem tem que ser muito maior. Coragem não é ausência de medo. Vivo há 50 anos com meus fantasminhas. Quando comecei como técnico, me questionava se eu iria vingar como técnico. Agora o fantasminha é se vai vingar no Campeonato Brasileiro. Depois pode ser se a vai ganhar o Mundial. Todo mundo tem os seus medos e seus receios. Mas tem que ter coragem para encarar essas situações. A preparação dá confiança.
Em momento de pressão, após algum resultado, você pensou 'agora eu caio'?Sim. Após a queda na Libertadores. E o presidente (Andrés Sanchez) foi muito forte. Para o Corinthians, a Libertadores tem uma dimensão maior ainda, porque nunca a conquistou. Vinha pressão de todos os lados. O jogo seguinte era o clássico contra o Palmeiras. O presidente chegou e disse para encararmos a situação, trabalhar e deixar o que acontecia do lado de fora. Respeitamos as manifestações do torcedor e revertemos.
Ele ou alguém já te disse que tem que ganhar o título?Não. Mas cobra o melhor, excelência, conduta, trabalho, competência, igualdade com atletas, seriedade. Devo ser cobrado, porque também cobro dos atletas. Essa cobrança tem dele, do Roberto (de Andrade, diretor de futebol), do Duílio (Monteiro Alves, diretor adjunto de futebol).
Teve um jogo no Brasileiro, contra o Atlético-MG, em que suas substituições foram decisivas para virar o placar. Imagino que tenha ficado satisfeito e orgulhoso do seu trabalho naquele dia, não?Sim. Em alguns momentos, se evidencia mais uma situação ou outra. Mas se coloca o atleta, e ele não tem um desempenho bom, a ideia pode estar certa, mas ela não se transforma. Vou te dar outra situação que foi significativa. Não sei se as pessoas colocaram, mas eu fiquei muito feliz. Contra o Cruzeiro, com dez minutos de jogo, inverti o Willian da direita para a esquerda, porque o Vitor (lateral direito cruzeirense) estava dando muita dificuldade na saída, dando profundidade, fazendo tabela. Então o Willian começou a vencê-lo em lances pessoais e finalizar, trancou a saída de jogo dele. O Alex também melhorou na ponta direita. Só que o Danilo ainda não estava no seu normal. Eu o chamei no intervalo, ele disse que a marcação estava difícil. Coloquei ele na direita, e o Alex no meio. Pedi que ele segurasse a bola, e ele cresceu no segundo tempo, e a equipe cresceu também. Às vezes, esses pequenos movimentos de jogo trazem resultado.
Sem ser pelas substituições, é possível ver o trabalho do treinador?O dia a dia te permite. As pessoas que estão no dia a dia conseguem perceber o treinamento, a forma de comando do treinamento, como o treinador orienta, a intensidade que tem, o nível de concentração que o atleta presta ao treinamento, o nível de concentração que o treinador presta. Se é uma coisa mais light, técnico conversando com dirigente, desatento, ou se está focado. Quando falo 'ele' é ele e seus assistentes também. Dá para perceber toda essa situação.
Mas por que prestar atenção em rachão?Vou dar exemplo para demonstrar. No intervalo do jogo contra o Fluminense, disse aos atletas que sabia que estavam desconcentrados. Eu já conheço o habito de cada um, como cada um reage quando está se preparando para o jogo. Sei qual é o ritual deles, como é que ficam com o braço, se estão muito sorridentes. Presto atenção nas reações, nesses sinais que o atleta dá. Porque eu tinha um ritual e sabia, como atleta, como eu era. A gente chama isso de cheirar vestiário. Sabia que iam entrar sem estar devidamente preparados, competitivos, para dentro dos caras, forte. Quando terminou o jogo contra o Cruzeiro, na hora da oração, o Julio Cesar lembrou o que tinha sido cobrado depois do jogo contra o Fluminense, e falou da mudança de postura, da concentração. Pegando ate um gancho de literatura, eu tinha imagem do Beckham como grande marketeiro, um cara que falava e vendia muito, que dentro do campo era mais marketing. Quando li a manifestação do Valdano (treinador argentino que dirigiu clubes na Espnha) em relação a ele (no livro "Valdano, sueños de fútbol", de Carmelo Martin), mudei de ideia. Segundo o Valdano, quando o Beckham entrava para o treinos, era extremamente concentrado e competitivo. Nos jogos, estava muito envolvido, era possível ver pelo ritual de botar a meia, vestir o calção, o jeito de olhar. Tinha-se certeza de que ele estava concentrado. Essa percepção é fundamental para esporte de alto nível. Tudo que se passa, a gente sabe.
Já teve vez em que percebeu isso e tirou atleta do jogo?Tirar, não, mas chamar atenção. Eu falei 'aqui, ó, tá errado, aqui, ó, tá muito zunzunzum, tem muito papo, tá desconcentrado e se entrar desse jeito, se não mudar, vai ser atropelado, eu conheço'. Foi o Magrão (volante que trabalhou com Tite no Internacional). Eu disse 'te conheço, você não sorri quando está se preparando para o jogo, você fica de maneira diferente'. Não me lembro do jogo, mas lembro que ele abaixou o olho e disse que eu estava certo.
Existe má vontade com você em São Paulo por ter assumido projetos apenas para salvar times do rebaixamento?Não má vontade, mas talvez não lembrem as circunstâncias em que peguei os times. E agora: que tipo de trabalho é dado? Me deram tempo de trabalho, de formação e reformulação de equipe três vezes.
Quando recebeu o convite do Corinthians, não pensou em ficar nos Emirados para disputar o Mundial?
Pensei sim. Quando fui para lá, era uma coisa extraordinária. Quando vi que estávamos classificados para o Mundial, olhei para o lado, para a minha esposa e disse que iria mesmo a equipe não sendo de ponta. Porque seriam dois jogos só. É como o Internacional, que tinha uma equipe muito inferior tecnicamente ao Barcelona, mas era um jogo só contra o Barcelona. O Abel Braga (treinador) teve uma felicidade extraordinária. Nos últimos dez anos, foi o maior marco de uma vitória de treinador. Ele amarrou a equipe adversária, que não jogou no último terço do campo. O Barcelona trabalhava só em zona de armação, não em zona de conclusão. Participar do Mundial e vencer seria extraordinário, mas eu sabia também que viria para um grande clube, que também tinha condições de título e não viria para salvar de rebaixamento.
Você disse nessa semana que marca adversário que faz graça, toca de calcanhar, quando está vencendo. Isso te incomoda?É um defeito que eu tenho. Eu perdôo, mas não esqueço. Consigo ver aquele cara que quer tripudiar. Tem um jogador que estava ganhando um clássico por 4 a 0 e olhou para o meu banco. Percebo quando tem ar de desprezo. Eu não vou dizer o nome, mas tenho marcado o jogador até hoje. Esse aí vai ter volta. Não vou cobrar na mesma moeda. Mas vou bater assim (nas costas) e dizer 'te lembra de quando fez aquilo para mim?. Agora a bola deu a volta'. Cobrei aqui de alguns jogadores que tocavam e viravam o rosto, disse para não fazerem. Um deles disse que não fazia para tripudiar, mas pedi para cuidar, porque existe o outro lado. Cobrei do Bruno Cesar (meia que deixou o clube neste ano), que, depois de uma vitória sobre o Santos, disse que sempre deitava neles. Ali na frente, você vai comer a massa, porque eles vão vir dentro de ti e de nós todos. Então tem que respeitar o outro lado. Ganha e vai vibrar com os amigos, família, torcida. Não tem que ficar feliz com a tristeza do outro.
Tem algum adversário que o Corinthians vai enfrentar ainda neste ano que esteja engasgado por isso?
Não. Talvez tenha ficado alusão porque o último jogo será o clássico contra o Palmeiras. Mas o que tinha com o Palmeiras foi tratado na hora. Não é jogador do Palmeiras.

Fonte : gazeta.com.br