Kleber foi o pivô da maior crise do Palmeiras na temporada ao receber uma proposta do Flamengo que abalou o clube. Quem pensava que o problema era passageiro, se enganou. Ao completar um turno do acontecimento, o Gladiador caiu de rendimento dentro e fora de campo, já que passa por jejum de gols e colecionou ainda mais polêmicas.
O ápice da crise foi justamente no jogo contra o Santos do primeiro turno, em 10 de julho. Na ocasião, o departamento médico do Palmeiras garantiu que o atacante tinha plenas condições de entrar em campo, mas ele alegou dores no joelho, deixou a concentração e realizou um exame por conta própria no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para comprovar a lesão. Depois, disparou contra a diretoria e o vice de futebol Roberto Frizzo a quem chamou até de mau caráter.
Frizzo pôs panos quentes e tudo parecia voltar ao normal no Palestra Itália. Mas o inferno astral do jogador estava apenas começando. Desde então, ele atuou em 12 dos 19 jogos disputados e não marcou um gol sequer. Ainda sofreu com três lesões que o tiraram de quatro partidas e duas suspensões por cartões amarelos.
Após toda a polêmica contra o time da baixada em julho, Kleber voltou contra o Flamengo, mas ficou fora novamente na derrota por 3 a 1 para o Botafogo, em 31 de agosto, e no empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, em 4 de setembro, por causa de uma pancada no joelho direito. Menos de um mês depois, voltou a ser desfalque vítima de uma tendinite no joelho esquerdo e ainda não tem participação garantida no clássico na Vila Belmiro.
Pior que os problemas físicos é o mau momento técnico. Apesar de ser a maior estrela ao lado de Marcos, Kleber deixou de ser protagonista do time e viu coadjuvantes como Marcos Assunção e Luan ganharem destaque. O Gladiador não balança as redes pelo Brasileiro desde 19 de junho e vem sendo criticado pela má fase. A torcida que ainda o tem como ídolo chegou a fazer um protesto na porta de sua casa e a pichar o muro do Palestra Itália pedindo a sua saída.
O atacante se recusa a admitir que está em má fase e joga a responsabilidade nos companheiros com frequência. Por pelo menos três vezes, fez críticas abertas ao setor de criação e reclamou que a bola não chegava com qualidade. O ápice foi no empate por 1 a 1 contra o Atlético-GO. Kleber voltou a ser duro e chegou a dizer que deveria haver mudanças. Deola cutucou o colega e disse que os problemas deveriam ser discutidos abertamente. O entrevero foi um dos principais responsáveis pela determinação da Lei do Silêncio no clube na semana passada.
De fato, polêmicas não faltaram para o atacante neste turno. Após a discussão com Frizzo por causa da proposta do Flamengo, ele voltou a jogar e completou seu sétimo jogo pelo Brasileirão justamente contra o time rubro-negro. Ao não devolver a bola em uma jogada, ele ignorou o tradicional fair play e seguiu a jogada em direção ao gol. O fato gerou um tumulto e Kleber chegou a ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ato de indisciplina ou que fere a ética, sem ser punido.
Uma grande polêmica ainda veio à tona nas vésperas da partida do clássico contra o Corinthians, em 28 de agosto. A Gaviões da Fiel divulgou uma ficha de inscrição do Gladiador na maior organizada do arquirrival com data de 2001, época em que atuava no São Paulo. O fato teve grande repercussão e ele chegou a admitir que frequentava a torcida.
Fonte : uol.com.br
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