'Pequeno Príncipe' de Pipeline busca nas lutas o sangue frio para competir

Publicado  domingo, 26 de dezembro de 2010



Foi preciso ter paciência e sangue frio para virar, nos últimos minutos, as duas baterias antes da consagração no campeonato de maior prestígio do surfe. Em uma delas, nas semifinais, contra o maior surfista de todos os tempos, o americano Kelly Slater. O segredo, revelou, no alto do pódio, estava nas palavras de seu treinador, o brasileiro Yannick Beven: “não desistir nunca”. Uma lição que vem não do mar, mas dos tatames. Desde os 13 anos, o francês Jeremy Flores, agora, aos 22, o "Pequeno Príncipe" de Pipeline Masters, é lutador de artes marciais.
Na época em que se conheceram, Jeremy, o Mimi, era um menino franzino que despontava no surfe. De lá para cá, ganhou massa muscular e, principalmente, concentração.

Professor de educação física e praticante de capoeira, yoga e jiu-jítsu, Nick adaptou as artes marciais para o surfe. O também francês Michael Picon e o próprio Slater, decacampeão mundial, são alguns de seus alunos.

Em 2008, em Imbituba (SC), o francês chegou a uma final pela primeira vez. Perdeu para o australiano Bede Durbidge, mas entrou para a história do surfe em seu país. Na ocasião, contou que, antes de conhecer a luta, não tinha muita gana para competir.

- Disputava as baterias só para surfar mesmo. Agora tenho mais motivação, pois o jiu-jítsu mostra que é possível virar uma luta perdida a qualquer momento. Isso é muito importante no surfe, quando estamos em desvantagem e precisamos ter paciência para esperar uma onda - disse ao GLOBOESPORTE.COM.


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