Giovane apoia Seleção de vôlei sobre jogo polêmico do Mundial

Desde que se tornou técnico, em 2007, o bicampeão olímpico Giovane Gávio pôs na cabeça que, para ser bem sucedido, é preciso investir. E, em setembro passado, ele gastou seu rico dinheirinho para assistir in loco ao Mundial Masculino de Vôlei, na Itália. 

A intenção era aprender, mas o ex-ponta presenciou um momento que causou muita polêmica: o jogo entre Brasil x Bulgária, na última rodada da segunda fase do campeonato, em Ancona, em 2 de outubro.

O Brasil perdeu por 3 a 0, o que ficou conhecido como "jogo da vergonha". A Seleção Brasileira improvisou o oposto Théo como levantador e poupou vários titulares. A Bulgária, por sua vez, não pôs sua formação máxima. Por uma má formatação da tabela de classificação, quem perdesse aquele jogo teria um caminho mais fácil rumo às finais. Não deu outra: com a derrota, o Brasil seguiu firme e, com os titulares, festejou o tricampeonato mundial. A Bulgária ficou pelo caminho.

Giovane viu o jogo da arquibancada, em meio a dezenas de torcedores que viraram as coisas para a quadra. Bicampeão olímpico e campeão, ele contou ao LANCENET! o que achou da polêmica decisão de Bernardinho:

- Lá dentro, como jogador, se me pedissem para fazer eu faria. Eu escolheria um caminho mais fácil para ser campeão mundial. Está na regra, não estou infringindo nenhuma lei, nao atrapalho ninguém. Quem errou é quem fez o regulamento.

Na qualidade de torcedor, porém, Giovane admite que o sentimento predominante foi o de estranheza.

- Se me perguntar como torcedor, eu estava lá, é chato. O cara pagou para ver o jogo, onde não tinha o melhor time dentro da quadra - afirmou.

Nos dias que se seguiram à famigerada partida, a reação do público local e da imprensa italiana foi de ataque ao time brasileiro. O hoje técnico do Sesi-SP conferiu o clima de perto e sentiu quanto de "perseguição" havia em relação à equipe canarinho.

- Criou-se um clima muito ruim lá, e a Seleção Brasileira sofreu e ainda sofre, tenho a sensação. Eu não estava lá pessoalmente, mas eles sofreram. Enfrentaram represálias, repressão, mas importante é que mostraram que são capazes de retomar o rumo, o foco e venceram.

Fonte : Lance!Net