Manifestações no Bahrein aumentam dúvidas sobre abertura da temporada

Publicado  quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011





As preocupações sobre a realização do GP do Bahrein, etapa de abertura da temporada 2011 da Fórmula 1, e da última sessão de testes coletivos continuam a crescer após os violentos protestos da última noite. A repressão da polícia aos manifestantes matou pelo menos três pessoas na Praça da Pérola, na capital Manama. Neste fim de semana, as atividades da GP2 Ásia foram canceladas porque os médicos da categoria foram chamados pelos hospitais para ajudar.

Os testes estão marcados para o dia 3 de março, com a corrida inaugural da temporada dez dias depois. Um dos grupos de manifestantes no Bahrein disse nesta semana que o GP seria um dos alvos dos protestos, por causa da publicidade. Bernie Ecclestone, chefe comercial da Fórmula 1, disse estar preocupado com a situação. A categoria tem apenas uma semana para decidir por uma mudança de planos, já que os carros e membros das equipes devem embarcar para o país.
Antes dos acontecimentos desta noite, Jean Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), disse que esperaria a realização da etapa da GP2 Ásia antes de tomar uma atitude. Segundo ele, seria momento de esperar para decidir o futuro da corrida da F-1.
- Sempre tento não reagir exageradamente com as notícias. Primeiro, temos de checar qual é a realidade: nem sempre é o que você ouve. Não podemos reagir com muita emoção para encarar o problema de forma correta. Temos protestos no Bahrein. Entendo que as coisas estão crescendo e precisamos esperar. O próximo passo é a corrida da GP2 neste fim de semana. A essência da FIA é a segurança, seja na pista ou na organização. É o que estamos pedindo, mas no momento não existe razão para preocupações - diz Todt, em entrevista ao jornal irlandês "Irish Independent".
O próprio Bahrein não quer que a mídia mundial especule sobre os problemas políticos locais. As seguradoras estão preocupadas com a possibilidade de os pilotos viajarem para o país e poderão recusar a cobertura de outros membros das equipes se as embaixadas dos países recomendarem que seus cidadãos não viajem para lá. Outro problema é a infraestrutura, já que todas as pessoas que trabalham na Fórmula 1 ficam em hoteis localizados em Manama.

Fonte : globo.com

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