O jogo mais longo da história do tênis mundial começou a ser disputado há dois dias e será encerrado hoje, entre o francês Nicolas Mahut e o norte-americano John Isner. A partida foi suspensa na terça-feira, por falta de luz, quando estava empatada por 2 a 2. Já tinham sido disputadas três horas de jogo. Ontem, eles voltaram para o tie-break e, por incrível que pareça, quando acabou a luz natural, a partida estava empatada em 59 pontos e os dois permaneceram em quadra por sete horas e cinco minutos. O reinício do jogo, válido pela segunda rodada do Torneio de Wimbledon, em Londres, será hoje. O horário não foi definido, pois os jogadores precisarão ser avaliados pelos médicos do torneio e pode ser que a decisão seja transferida para amanhã.
A partida, com certeza, é um alerta para a Federação Internacional de Tênis (ITF) e Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), já que o regulamento em Wimbledon, que não prevê a disputa de tie-break no quinto set, se mostrou massacrante. Nunca, em qualquer torneio, dois jogadores passaram tanto tempo em quadra.
O jogo mostra números absurdos para uma partida normal de tênis. O quinto set, com suas mais de sete horas de duração, também é o mais longo de todos os tempos. Além disso, o confronto épico contou com dupla quebra de recorde de aces por parte dos dois tenistas. Ao todo, foram 192, com 98 de Isner, novo recordista absoluto, e 94 de Mahut. Com isso, os dois superaram a marca do croata Ivo Karlovic, que havia conseguido 78 aces na Copa Davis, em 2009, quando perdeu para o tcheco Radek Stepanek.
Com o duelo interminável que ainda travam, Isner e Mahut ultrapassaram com folga as seis horas e 35 minutos da partida entre Arnaud Clement e Fabrice Santoro, que em 2004 fizeram uma batalha no Torneio de Roland Garros, no jogo que até ontem era o mais longo da história na era profissional do tênis.
Já em relação ao set mais longo em uma partida de simples, a quinta parcial do confronto entre Isner e Mahut bateu, também com extrema folga, o que terminou por 21 a 19 a favor de Andy Roddick sobre o marroquino Younes El Aynaoui, na terceira rodada do Aberto da Austrália de 2003. As parciais do jogo em andamento foram 6-4 para Nahut, 6-3 e 7-6 (9/7) para Isner e 7-6 (7/3) novamente para o francês.
O vencedor do confronto entre Isner e Mahut avançará à terceira rodada de Wimbledon, na qual enfrentará o holandês Thiemo De Bakker, provavelmente ainda hoje. De Bakker também participou de outra batalha ontem. Venceu, em quatro horas e seis minutos, o colombiano Santiago Giraldo por 3 a 2 – 6-7 (4/7), 6-4, 6-3, 5-7 e 7-6 (16/14).
O dia também entrou para a historia como o de maior número de tie-breaks. Foram 16 jogos decididos no quinto set, sendo nove pelos torneios de simples masculino e feminino e sete de duplas.
FAVORITOS Assim como em sua estreia contra o colombiano Alejandro Falla, o suíço Roger Federer passou por alguns sustos para conseguir a classificação à terceira rodada de Wimbledon. O nº 2 do mundo derrotou o sérvio Ilija Bozoljac por 3 a 1 – 6-3, 6-7 (4/7), 6-4 e 7-6 (7/5). Na terceira rodada, ele terá pela frente o francês Arnaud Clement, que venceu o australiano Peter Luczak por 3 a 1 – 6-7 (4/7), 6-3, 6-3 e 6-4.
Outro favorito ao título que passou de fase, e com mais facilidade que o suíço, foi o sérvio Novak Djokovic. Sem sustos, o cabeça n º 3 bateu o norte-americano Taylor Dent por 3 a 0 – 7-6 (7/5), 6-1 e 6-4. Seu próximo rival promete dar mais trabalho, o espanhol Albert Montañes, cabeça de chave nº 28, que ganhou do norte-americano Brendan Evans por 3 a 2 – 3-6, 6-3, 6-7 (5/7), 6-1 e 6-4.
Já o norte-americano Andy Roddick, cabeça de chave nº 5, sofreu um pouco, mas venceu o francês Michael Llodra por 3 a 1 – 4-6, 6-4, 6-1 e 7-6 (7/2).
Jogo mais longo da história do tênis
Publicado quinta-feira, 24 de junho de 2010
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