Terror na Copa: perigo é real

Publicado  quarta-feira, 2 de junho de 2010


As recentes ameaças de atentados terroristas durante o período do Mundial deixaram a comunidade internacional em alerta. Responsável pelos ataques às Torres Gêmeas, em Nova York, no trágico 11 de setembro de 2001, a Al-Qaeda promete novas investidas, desta vez na África do Sul. Engana-se, porém, quem acha ser necessário um avião para que o terror se espalhe – uma mala pode ser o bastante.

Advogado criminalista especialista em ataques terroristas, Antonio Gonçalves não acredita em um ataque de grandes proporções. Segundo ele, o mais importante não é o estrago provocado. Basta que o medo e a insegurança sejam disseminados pelo país da Copa.

– Para frustrar o evento, não é preciso um ataque muito elaborado. Pode ser um ataque à moda antiga. Uma mala com uma bomba que é largada no estacionamento ou na entrada do estádio. Basta um estopim para disseminar o terror – afirmou.

Gonçalves acredita que os piores efeitos aconteceriam depois do ataque. Para o advogado – especializado em novas armas contra o terrorismo pelo Instituto Superior Internacional de Ciência Criminal de Siracusa, na Itália – o despreparo das forças de segurança sul-africanas pode provocar um enorme caos no país. E, consequentemente, novas vítimas.

– Aconteceria um reforço da segurança com atraso, o que é muito perigoso quando se trata de terrorismo.

Aí, a chance de haver uma catástrofe é muito grande – explicou o advogado, ressaltando a insistência das autoridades sul-africanas em não aceitarem ajuda estrangeira.

No fim de semana, Ronald Sandee, diretor da Fundação NEFA, entidade americana que investiga atividades terroristas pelo mundo, afirmou que há 80% de chances de um atentado na Copa. Gonçalves concorda que a possibilidade é grande: – A chance é concreta. Em geral, quando as células terroristas avisam, elas cumprem.

Entre os potenciais alvos estão as seleções de Estados Unidos, Inglaterra, Dinamarca e Holanda. Em princípio, os brasileiros não têm com o que se preocuparem.

– A menos que haja o cruzamento do Brasil com alguma seleção de risco. Aí sim poderia haver algum tipo de ameaça – completou Gonçalves.

Perigo

3Ataques Da Al-Qaeda aconteceram nos últimos três anos.

O maior deles matou 33 pessoas em Argel, capital da Argélia. Um do outros dois, em 2008, foi contra a embaixada da Dinamarca no Paquistão. Na ocasião, houve seis mortos.

Confiança

46 Mil Policiais estão espalhados pelas nove sedes do Mundial durante o período da competição. Ao menos é o que prometem as autoridades locais, que se dizem prontas para enfrentarem qualquer tipo de ameaça terrorista.

Fonte: Lancenet

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