Rogério não se abala com as vaias e explica suas decisões contra a La U

Publicado  quinta-feira, 13 de maio de 2010

Uma das vítimas da revolta dos torcedores que foram ao Maracanã, na última quarta-feira, foi Rogério Lourenço. Em seu quarto jogo no comando do Flamengo, o treinador deixou o estádio tendo escutado os gritos de “burro” durante a derrota por 3 a 2 para a Universidad de Chile, que dificultou uma classificação rubro-negra para a semifinal da Libertadores.

Mas Rogério não se abalou com as vaias que recebeu, principalmente no momento em que colocou Denis Marques em campo. A torcida reprovou a entrada do atacante no lugar de Kleberson, que também deixou o gramado debaixo de protestos.

- Isso (ser chamado de burro) é coisa que acontece desde quando o futebol existe no Brasil. Se ganhar amanhã, o treinador é o melhor. Se perder é o pior. Acostumei com isso como jogador. Mas tenho de estar equilibrado e consciente. Óbvio que existem preferências. Senão não estariam discutindo a convocação da seleção durante tanto tempo. Mas isso (vaia) não me incomoda. Vida que segue – disse o treinador, que também foi questionado pelas escolhas que fez.

Para muitos, o Flamengo ter entrado em campo, em pleno Maracanã, com quatro volantes (Rômulo, Maldonado, Willians e Kleberson) foi o primeiro erro. O treinador se defendeu.

- Esse meio de campo foi o que conseguiu mudar o jogo no Pacaembu (contra o Corinthians). O problema é que a memória é muito curta em relação ao futebol. Mas como isso só tem uma semana, dá tempo de lembrar. O objetivo era liberar Juan, até para ele atuar como meia. E o Kleberson também faz essa função – justificou o treinador.

Outro questionamento foi com relação à substituição de Rômulo com menos de 20 minutos de jogo, fazendo com que o time voltasse ao esquema utilizado por Andrade. Mas ele não considerou que ter colocado Michael ainda no começo do primeiro tempo tenha significado que ele escalou mal a equipe.

- Não foi erro (escalar Rômulo). Ele é um jovem com futuro brilhante. Não vou crucificar jogador. Aqui a responsabilidade é minha e estou convicto de que escalei o melhor. Mas como o jogo estava 2 a 0, vi por bem colocar outro meia – explicou Rogério Lourenço, que chegou a dar uma explicação confusa sobre o comportamento do time.

- É difícil de explicar. Não tivemos um começo de jogo ruim, tecnicamente principalmente. Taticamente, nossa equipe estava toda armada e sabia como o Universidad jogava. Mas começamos mal tecnicamente. A equipe deu uma desestabilizada quando sofreu o primeiro gol porque fica aquele negócio de que não pode levar gol em casa. Demoramos a entrar no jogo. Criamos várias chances nos 15 minutos finais do primeiro tempo. Mas tomar gol com 2 minutos de jogo foi uma ducha e acabou sendo complicado – disse Rogério.

O Flamengo volta a campo contra o Vitória, sábado, em Salvador, pelo Brasileiro. Os jogadores se reapresentam, na tarde desta quinta-feira, na Gávea.

Fonte: Globoesporte

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