Um Rubro-Negro desfigurado em 2010

O Flamengo hexacampeão não existe mais. Pouco mais de cinco meses após a conquista do Campeonato Brasileiro de 2009, o elenco que venceu o Grêmio na última rodada está cada vez mais desfigurado. Apesar de os dirigentes rubro-negros garantirem que haverá reposição em caso de debandada geral, poucas ações efetivas neste sentido estão sendo percebidas no clube até o momento.

Adriano já deixou o Flamengo rumo à Roma, e Vagner Love deve mesmo voltar para o CSKA (RUS), que sequer pretende rediscutir o empréstimo do atacante. Maldonado tem proposta do Atlético-MG e as renovações de Petkovic, David, Álvaro, Toró e Gil seguem indefinidas. Isto sem falar em Ramon, também jogador do CSKA, que chegou este ano e não sabe se terá o seu empréstimo renovado.

O Brasileiro já começou, o Flamengo ainda não convenceu e o quebra-cabeça segue desmontado. Diante do desmanche iminente, está a presidente Patricia Amorim que, para completar o clima de indefinição, não se pronuncia sobre essas questões. A cereja deste confuso bolo é a reformulação do futebol do clube. Desde terça-feira, Hélio Ferraz passou a acumular as vice-presidências geral e de futebol.

Os números também comprovam que aquele triunfante Flamengo do hexa precisa se reestruturar rapidamente. Embora derrotado no Campeonato Carioca e na Libertadores – as duas competições que disputou até agora – o Rubro-Negro, em 2010, com a mesma base do título nacional, obteve índices ainda melhores do que os alcançados no começo do ano passado, indicando a necessidade de manter a receita.

Na atual temporada, foram 31 partidas. Com 20 vitórias, cinco empates, seis derrotas e aproveitamento de 69%. Em 2009, também nos 31 primeiros jogos do ano, o rendimento foi de 64% (17 vitórias, nove empates e cinco derrotas).

Fonte: Lancenet