Feijão bota fé na nova geração do tênis: ‘O Brasil terá muitos nomes lá em cima’

Publicado  terça-feira, 4 de maio de 2010


Prestes a jogar o quali de Roland Garros, paulista de 21 anos atravessa o melhor momento da carreira após a semi em Santiago e o título em Bogotá

João Olavo Souza, o Feijão, entrou em 2010 como número 199º no ranking mundial de tênis. Em quatro meses, quarto melhor tenista do Brasil alcançou resultados expressivos, como as semifinais do ATP de Santiago, o título do Challenger de Bogotá e, de quebra, um salto para a 115ª posição no ranking (hoje ele é o 123º). Agora, na temporada de saibro na Europa, o jovem de 21 anos tenta dar sequência à boa fase com as disputas do quali do Masters 1000 de Madri e de Roland Garros. Nascido em Mogi das Cruzes (SP), Feijão conversou com o GLOBOESPORTE.COM e apostou alto na nova geração do tênis brasileiro: “Em mais algum tempo, o Brasil terá muitos nomes lá em cima no ranking mundial”.

Você foi campeão no Challenger de Bogotá e semifinalista no ATP de Santiago no início de ano, resultados inéditos na sua carreira. Esperava começar 2010 desta forma?
Fazia tempos que eu vinha perdendo muitos jogos nos mínimos detalhes, desde o segundo semestre do ano passado. Sabia que tinha condições de jogar em um nível mais alto e com adversários mais fortes. Também sabia que esses resultados poderiam aparecer a qualquer momento. E depois de Santiago tive mais confiança para acreditar em mim e no meu potencial

Falando em ranking e resultados, qual seu objetivo para fechar o ano?
Meu foco para este ano é alcançar o Top 100, mas isso não é uma prioridade. Eu quero mesmo é ter bons resultados, e o ranking virá como consequência.

Tiago Fernandes alcançou o posto de número 1 do ranking juvenil. Thomaz Bellucci, que também é novo, está se destacando neste ano e já ocupa uma vaga no top 30. Como você observa a nova geração do tênis brasileiro? Acho que vem muito forte. Não só Bellucci e o Fernandes, mas também temos muitos outros jogadores que estão atuando muito bem, como o Guilherme Clezar. Em mais algum tempo, o Brasil terá muitos nomes lá em cima no ranking mundial.

O Brasil encara o Uruguai pelo Zonal I Americano da Copa Davis, entre os dias 7 e 9 de maio, em Bauru. Ficou frustrado por não participar da lista de convocados para o duelo? De maneira alguma fiquei frustrado. Até porque eu sei que estaremos muito bem representados lá, independentemente de quem seja convocado. Qualquer um tem o sonho e a vontade de jogar uma Copa Davis, e também tenho certeza de que todos que estarão lá vão dar o seu máximo.

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